A Importância Da Atividade Lúdica Na Formação Da Criança
Ainda existem pessoas que acreditam que a atividade lúdica serve apenas para passa-tempo e distração da criança, mas ao fazermos um estudo aprofundado, perceberemos que a atividade lúdica contribuiu para o desenvolvimento psicológioco, social, afetivo e cognitivo da criança.
A importância da atividade lúdica foi reconhecida pela própria legislação e em 1959 a Assembléia Geral das Nações Unidas (GNU), redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos que no artigo 7 afirma: “[…] toda criança terá o direito de brincar e divertir-se cabendo a sociedade e às autoridades públicas garantir a ela o exercício pleno desse direito” (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1959).
Você certamente já parou para observar o seu filho, em algum momento, pode perceber que ele estava brincando do faz de conta, ele imaginou tal brincadeira e trouxe para a realidade. Mesmo não tendo muitas vezes o brinquedo adequado para tal brincadeira, a criança utiliza de qualquer outro objeto e o transforma no brinquedo desejado.
Vygotsky em seu livro A Formação Social da Mente, tece algumas importantes considerações sobre o brinquedo, afirmando que definí-lo como uma atividade que sempre dá prazer às crianças está errado por duas razões:
Primeiro, porque existem outras atividades que dão mais prazer a criança do que o brinquedo, exemplo, chupar chupetas;
Segundo, porque atividades que são acompanhadas pelo “ganhar’ ou pelo “perder”, como: Os jogos com regras, podem vir acompanhadas de muito “desprazer” quando o resultado for desfavorável a criança.
Vygostsky (1991) afirma ainda que as teorias sobre o brinquedo desconsideram que este tem a função de preencher necessidades nem sempre possíveis de serem satisfeitas pela criança de outra forma, exemplo, a vontade que ela sente de realizar atividades pertinentes ao mundo adulto: dirigir, cozinhar, cuidar de bebês.
“[…] É impossível ignorar que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo”. Senão entendermos o caráter especial dessas necessidades, não podemos entender a singularidade como uma forma de atividade (VYGOTSKY, 1991, p. 106)
Assim, completa Vygotsky (1991, p.126) é “[…] no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos.
Cabe aos pais proporcionarem aos filhos meios para que a criança realize atividade lúdica, explorando o mundo imaginário do faz de conta trazendo para o mundo real, idéias e pensamentos cheios de criativades.
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